quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Bem/Mal

Bem me quer
Mal me quer
E você,
Como... (Que delícia!)
Me quer?

domingo, 21 de novembro de 2010

Magia

A lua encoberta diz em meias palavras que o mundo é obscuro, misterioso, carregado de magia, vida - vidas perdidas, errantes, seguras, sublimes, falsas, verdadeiras, entrecortadas, mutiladas, encerradas, encobertas como ela, sem perder a luz, a beleza, o encanto, basta procurar.

Se olhos conseguem acessá-la, algo mágico acontece e o mundo é capaz de girar...

Mesmo com os olhos cerrados curtindo as lembranças de um tempo que não volta mais, nem por isso esquecido. Tantas lembranças e o encanto jamais apagado.

Quantas emoções, quantos amores se fizeram, quantos deixaram passar, quantos desfeitos, e ela lá... majestosa, brilhante ou não, passando uma beleza sem igual, mesmo pela metade, cheia, quase cheia... lá fica ela, encoberta ou não, lá, sempre ela.

sábado, 20 de novembro de 2010

Labirinto

Quantas noites perdidas neste labirinto...
Tantos buracos, vãos, na tentativa de encontrar o elo, a outra ponta. Quantos sonhos perdidos neste sono em busca da explicação, do caminho seguro, do coração aberto.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Amores

São tantos os amores
Cativados
Embriagados
Deixados de lado

São tantos os amores
Desiludidos
Entregues
Arruinados

São tantos os amores
Vividos à flor da pele
Maquiados
Imaginados

São tantos os amores
Bandidos
Roubados
Dissimulados
Aprisionados

São tantos os amores
Asfixiados
Dilacerados
Esquartejados
Levados em uma mala

São tantos os amores
Desperdiçados
Negligenciados
Abandonados
Deletados

São tantos os amores
Vividos sem dó ou piedade
Eternizados
Desejados

São tantos os amores
Muitos
Quentes
Frios
Devassos

São tantos os amores
Que perdi a conta dos meus
Dos seus
Dos nossos amores
Perdidos
Deixados de lado

São tantos os amores
A encontrar
A viver
A desperdiçar
Nessa grande cama que é a vida.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Coração Partido

Tudo o que tenho são lembranças doces, suspirantes, amargas, nauseantes. Tudo o que tenho pincela meu corpo, enrosca dentro de mim, adorna minhas ações. Tudo o que tenho
só a mim pertence: a ferida que sangra, as cicatrizes, a dor que dilacera, a voz ausente, o coração partido. É tudo o que tenho. É todo o meu legado.

Nada como...

Nada como...
Acordar no meio da noite
Abrir a janela
Sentir o frescor da madrugada
Absorver o silêncio reinante
Porque a maioria se cala

Nada como...
Olhar a pele
Sentir um arrepio
A brisa que chega do mar
Olhar para o céu
Se deparar com algumas estrelas infinitamente distantes
Deixando-me ver
O que não faz nenhum sentido

Nada como...
Aproveitar cada momento
Refletir sobre a vida
Sentir a vida
Abrir os olhos e descobrir que estou viva
Nada como...
Viver!

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Insônia

Uma linha tênue
Um abraço desfeito
Uma onda em declive
Um sonho inalcansável

Um elo partido
O ponteiro quebrado
O poema jamais publicado
Sonhos de uma noite extensa.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Camuflado

Nas linhas
Nas entrelinhas
Nas ondas
Nos corações
Nos caminhos
Nas vontades
Nas nuvens
Que se espalharam
Pelo mundo
E o levaram de volta
Para os sonhos
Para o sono
Para a realização
Para o grande amor
Onde está você?