sexta-feira, 29 de abril de 2011

O Fluminense no CTI

Infelizmente, apesar de o Fluminense ter vencido o Libertad por 3 a 1, não me senti nem um pouco confortável. Minha inquietação, principalmente no segundo tempo, foi aumentando, aumentando, até que aflorou o TERÇO, que dedico inteiramente ao time.

Sinto-me também em um leito de UTI, como o tricolor, já que minhas esperanças estão se esvaindo e as forças – talvez as mesmas que deixaram sem luz o Engenhão – indo embora. Só mesmo um milagre e dos bons!


- Onde eles estavam ontem, principalmente no segundo tempo?

De qualquer forma aproveito para citar um provável culpado para a pífia partida do Flu ontem: nada mais, nada menos que o Botafogo. Sim, ele mesmo, pois ao invés de iluminar, ele retirou toda a luz dos nossos guerreiros. Mas considero que o querido Botafogo já sofreu demais e não merece tamanha culpa, não é mesmo?!


O Terço

Um traço
Faço entre pontas
Tortas
Recorto a borda
Passo um antisséptico
Cuido diariamente
Acompanho a evolução
Do traço
Que une as pontas
Do fio mais longo
Quase invisível
Vigio o leito
Chega o amanhecer
É hora de trocar o curativo
O médico está a caminho
O carrinho de parada está revisado.
Surge o inesperado
O curativo sangra
As pontas se afastam
Providencio um catgut
O porta agulha à mão
Busco um acesso venoso
A bolsa de sangue é pedida.
Um traço
Um apito
O terço sobre a cabeceira
A espera é longa
Imprevisível!

Obs.: Catgut – é um tipo de fio natural obtido de animais mamíferos como o carneiro (intestino). São ideais para sutura interna, pois são reabsorvidos pelo organismo quando a cicatrização já está completa.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

O último minuto!

Agora é a hora
A faxina não pode ser postergada
Avance e limpe
Retire todos os entraves
Os cacos
O sofrimento
O ardor
Deixe a dor
Sinta a flor
Retire seu espinho
Sinta o seu perfume
Se entorpeça com ele
Caia...
Levante-se
Vá ao encontro
Desvende o seu pudor
Descortine o sol
Deixe-se queimar
Sinta o seu calor
Que a lua logo chegará
Para acalentar e mostrar
Que tudo vale à pena
Se estamos vivos
Sorvendo cada minuto
Como se fosse o último!

terça-feira, 26 de abril de 2011

O poeta e o (seu) mundo

O poeta é do mundo e para o mundo. Ele inspira, enriquece, dá alento, calmaria, faz do amor seu reduto, das mágoas um livro, das lágrimas um rio que oferece a água mais potável, límpida, cristalina servida em taça de cristal a todos que saboreiam da sua poesia. Eles, na maioria da vezes, não sabem que o poeta sofre da dor mais atroz, mas sua poesia transcende, capaz de dar prazer a tantos e nem tanto ao seu criador - que pode saborear a felicidade de poder acalentar muitos corações frios. Sua poesia é do mundo e para o mundo e nunca sua. A dor é do poeta e de mais ninguém!

Coração Ferido

O nome está aceso
Pisca incessantemente
A cada minuto
A cada piscadela
O nome reluz
A cada instante
Como um letreiro luminoso à beira da estrada
Surge das trevas
Dos contidos e claros sonhos
Da vala
Cheia de minhocas
Que corroem a alma
Sem um minuto de trégua
É curtido a ferro e fogo
Segundo a segundo
O sofrimento que não se quer apagar
Acesso e reluzente
Vivo ou morto sempre estará
No coração ferido
Sempre a desejar.

Vale do Sol

O vento chega rapidamente
As nuvens correm desembestadas
E avançam em nossa direção
Transformam a linda tarde
Em um sombrio escurecer

No ar, sinais de perigo
A mangueira balança seus galhos
Para lá, para cá
O carro quietinho, encolhido lá ficou

Da varanda olhares espantados
Maravilhados com tamanho poderio
Somos pequeninas
Enquanto, ela, se agiganta em segundos

A velocidade é sentida com o vento
Com a chuva sem direção
No ar pulverizado.
A visão causa medo
E muita admiração!

Ficamos embevecidas
Fitando tudo na maior tensão.
A visão é inesquecível
Dos gritos da menina Viky
"Tô com medo... mamã!"
Agarrada no colo mais protetor
Enquanto Lis,
Corria de um lado para outro
E mais feliz ficou!

Alguns minutos foram suficientes
Para transformar uma paisagem singular:
Brinquedos foram parar no meio do mato
Os coqueiros soltaram suas folhas
A pitangueira não resistiu e tombou
As cadeiras D. João levadas pelo vento
Foram servir a sua majestade
Lá no gramado do Vale do Sol!

segunda-feira, 25 de abril de 2011

O choro de uma Flor

“Florminense...”
Lis é bela!
Sensível, inteligente
Espirituosa, carismática
Carinhosa, alegre
É uma menina feliz!

Torcedora do Fluminense
Tricolor de coração
Sentada em meu colo
Torceu por nosso time
Na cobrança dos pênaltis
Sofreu com cada chute

E como criança, chorou!
Chorou por seu time
Que perdeu a partida
Mas, não o coração!

terça-feira, 19 de abril de 2011

O Bom e o Mau exemplo

Giovanni e Damião
Sem qualquer antecipação
Deram as mãos na Corrida da Ponte
E cruzaram juntos a faixa de chegada.
A dupla Pé de Vento
Fez bonito na linda manhã de sol!

O Ronaldinho,
Ao perder o gol “roubado”
De pirraça
Só faltou se jogar no chão
Batendo as perninhas e o braçinhos
E chamando sua mãezinha (que agora se chama Patrícia!)
Além de “feio”, fez muito feio em não retribuir o aperto de mão!

segunda-feira, 18 de abril de 2011

O saco (nagem) da rolha!!

O vinho era português
A rolha teimosa
O saca rolha de aço, ao invés
Era chinês
O que se viu,
Foi só insensatez!
Quatro mulheres
Em um só esforço
A puxar,
Rodar, girar e
Espremer entre as coxas
Mesmo assim todo o esforço foi em vão,
Pois a rolha, teimosa,
Da boca não saiu
As mulheres empenhadas
Com o ferro em mãos e
Técnica apurada
Romperam a rolha
Que mesmo teimosa
Foi afogada
No líquido saboroso
Que de gole em gole
Provocou um êxtase coletivo
E a rolha, teimosa,
No fundo da garrafa... sucumbiu!!

quarta-feira, 13 de abril de 2011

O Rego do Ronaldinho

O Rego levou Ronaldinho à ABL
Que não curte livro,
Mas adora pandeiro

Foi presenteado com o livro
"O Flamengo é puro amor"
Que achou que fosse uma bola
E então, chutou!

Fez um Gol de Letra
Na ignorância e nos marqueteiros
E o Machado, coitado,
Quase ressuscitou!

domingo, 3 de abril de 2011

Eu e você - um berço esplêndido!

Quantas saudades do tempo em que caminhávamos de mãos dadas pelo calçadão, onde um contava integralmente com o outro e depois de tanto andar.. restava a constatação de que um sempre poderia contar com o outro.

Nunca houve, em anos de convivência pacífica, uma palavra mais dura, um sinal de briga ou desagrado, apenas o amor entre o homem e a mulher deixou de existir, mas a amizade, o carinho, o respeito, a solidariedade, jamais nos abandonou... pessoas que se amam, da forma mais genuína, de entrega absoluta.

Hoje, somos entendedores, eu de você e você de mim, da forma mais plena, sublime.

Te amo e sinto o seu amor!!