terça-feira, 26 de abril de 2011

Vale do Sol

O vento chega rapidamente
As nuvens correm desembestadas
E avançam em nossa direção
Transformam a linda tarde
Em um sombrio escurecer

No ar, sinais de perigo
A mangueira balança seus galhos
Para lá, para cá
O carro quietinho, encolhido lá ficou

Da varanda olhares espantados
Maravilhados com tamanho poderio
Somos pequeninas
Enquanto, ela, se agiganta em segundos

A velocidade é sentida com o vento
Com a chuva sem direção
No ar pulverizado.
A visão causa medo
E muita admiração!

Ficamos embevecidas
Fitando tudo na maior tensão.
A visão é inesquecível
Dos gritos da menina Viky
"Tô com medo... mamã!"
Agarrada no colo mais protetor
Enquanto Lis,
Corria de um lado para outro
E mais feliz ficou!

Alguns minutos foram suficientes
Para transformar uma paisagem singular:
Brinquedos foram parar no meio do mato
Os coqueiros soltaram suas folhas
A pitangueira não resistiu e tombou
As cadeiras D. João levadas pelo vento
Foram servir a sua majestade
Lá no gramado do Vale do Sol!

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