quarta-feira, 18 de maio de 2011

O Ralo da Alma

Não tenho vontade
Não sinto mais saudade
Tudo é escorregadio
Passa entre os dedos
Segue lentamente a caminho do ralo
Que mesmo parcialmente obstruído,
Deixa passar o essencial
O brilho, a meiguice, o carinho, o desejo.
Aos poucos, tudo vai sendo levado...
E o desinteresse surge
Bate à porta...
Deixo-o entrar
Sinto a sua brisa
Que acalma meu coração
E liberta a alma.
Vai, sai de vez.
Não quero mais,
Não tenho vontade,
Não sinto saudade.
Urgente: agendei a desobstrução do ralo!

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