segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Suor de tristeza

Há momentos em que devemos deixar a "tristeza fluir", seguir seu rumo natural, passar minuciosamente por cada célula, sinapse, participar de cada ciclo de Krebs, de cada abertura e fechamento de válvula, seguir por cada artéria, arteríola, veia, capilar, visitar cada alvéolo, se aninhar, escoar, chegar à derme, à epiderme e em gotículas, sair, esvair, drenar, escorrer até os nossos olhos, fazendo-nos chorar copiosamente.

Devemos senti-la para que possamos saber que o oposto - a felicidade - deve ser curtida sempre, sempre, intensamente, ao máximo, sem neuras, sem comparações, sem mácula, sem miudezas, sem exigências, saboreando-a prazerosa e pacientemente até quando for possível e se possível.

Nenhum comentário: