sexta-feira, 26 de março de 2010

Violência X Vida

Violeta, violácea
Violência, violar
E o homem amordaçado
Exposto a tudo.

A brisa,
A arma
Mostrada sem qualquer constrangimento, às 6:45 da manhã
Em plena sexta-feira
Em dia comum,
Na ida para o trabalho,
Para o batente
Sob um céu azul
Em pleno Rio de Janeiro
O que fazer diante de tudo isso?

Do céu, apreciar
Da mão empunhando uma arma
Torcer para que não aperte o gatilho
Ou da bala, desviar...


Hoje escapei do alvo,
Mas meu corpo treme
Sente as marcas do constrangimento imperante nas ruas da cidade maravilhosa!

Um comentário:

7 ondas disse...

"Máquinas de guerra e indumentária
Pra vestir o caçador que, em vez da fera, caça
A sua própria espécie que se encontra encurralada
Desgraça muita e porrada na lata,
Sem terra, enterrais na merda
E deixais quem berra na miséria, sede e fome
Bicho mau, bicho mau, bicho homem
Bicho mau, bicho mau, bicho homem
Talvez por dinheiro um dia até explodirias
O mundo inteiro e eu queria ser teu travesseiro
Quando se vês apenas como mais um a chorar
Sempre em busca do prazer do ouro
Quem te interfere perde o couro
Mas te esqueces, teu tesouro é teu coração
E todo mal que o consome
Bicho mau, bicho mau, bicho homem
Bicho mau, bicho mau, bicho homem

Máquina de deuses inventados
Pra lutar contra diabos que o carregam
Pelos quintos do maior conto de fadas
Mascarado, sedutor, endiabrado
Enganas o mais pobre coitado
Que não percebe a grande máscara em que te escondes
Bicho mau, bicho mau, bicho homem
Bicho mau, bicho mau, bicho homem
Tornando escassa nossa fauna e flora
E tudo o mais que tu exploras
Como uma cobra que devora o próprio rabo
Estás em busca do teu fim
Eu digo tudo isso por mim
Pressinto um futuro em que não haverá
Nem sombra de lembranças do teu nome
Bicho mau, bicho mau, bicho homem
Bicho mau, bicho mau, bicho homem"